Irati terá evento de meliponicultura

 

Publicado em: 14/11/2017 11:52

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A Prefeitura de Irati, a Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO – Campus Irati) e a Câmara Técnica de Meliponicultura do Estado do Paraná realizarão o 11º Seminário Paranaense de Meliponicultura, no dia 24 de novembro (sexta-feira), no Auditório Denise Stoklos da UNICENTRO.

O seminário vai acontecer das 8h às 17h30, e terá custo de R$ 40 por pessoa, incluindo almoço e participação em dois minicursos.

Informações pelo e-mail [email protected], ou pelos telefones (42) 3132 6170, com Fritzen, ou (42) 3421 3084, com Carlos Henrique.

Abelhas sem ferrão

A meliponicultura é a criação de abelhas nativas do Brasil, que são conhecidas como abelhas sem ferrão (ASF). “Na verdade, elas têm um ferrão atrofiado”, explica Cristhiano Daniel Fritzen, médico veterinário da Secretaria de Agricultura de Irati.

“É uma atividade que vem crescendo no Brasil e no Paraná e se tornado uma fonte alternativa de renda para agricultores familiares, e até mesmo moradores das cidades. É possível criá-las nas áreas urbanas sem problema algum, pois são animais de manejo tranquilo, que não apresentam perigo às pessoas nas proximidades”, comenta.

Seminário

O Seminário Paranaense de Meliponicultura acontece anualmente e é promovido pela Câmara Técnica de Meliponicultura, de forma itinerante, pelo estado do Paraná.

Tem como objetivo congregar todos os envolvidos com a cadeia produtiva, a comunidade científica, os criadores e demais simpatizantes das abelhas sem ferrão (ASF), proporcionando a troca de experiências e trazendo informações atuais aos interessados por meio de palestras técnico-científicas, minicursos e espaços de socialização e compartilhamento de vivências.

Buscando aprofundar os conhecimentos dos participantes, além de palestras, o seminário contará também com oficinas, onde as pessoas poderão de uma forma mais interativa se aprofundar no assunto que mais lhes interessem, dentro da criação das ASF.

Estas oficinas ou minicursos, envolverão questões de manejo, alimentação e identificação de espécies de abelhas e flores melíferas, e cada participante poderá se inscrever em dois minicursos.

O valor da inscrição é R$ 40, e inclui a participação no evento (com os minicursos) e alimentação, que será no restaurante universitário da UNICENTRO. As inscrições podem ser feitas através do site https://evento.unicentro.br/site/seminarioparanaensem/2017 .

250 espécies no Brasil

O Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas pertencentes à tribo Meliponini, chamadas popularmente de abelhas sem ferrão. Algumas destas espécies são criadas para a produção de mel, que tem sido cada vez mais valorizado para fins gastronômicos.

Além disso, elas cumprem um papel muito importante na polinização de plantas, cultivadas ou não, permitindo a produção de sementes de várias espécies, muitas das quais fundamentais para a alimentação humana. Sem a colaboração dessas abelhas, muitas plantas deixam de produzir frutos e sementes, podendo inclusive chegar à extinção.

Meliponicultura no Brasil

As espécies mais conhecidas no Brasil, como a jataí, mandaçaia, manduri, mandaguari e uruçu, constroem geralmente seus ninhos em cavidades existentes em troncos de árvores. Outras utilizam formigueiros e cupinzeiros abandonados, ou constroem ninhos aéreos presos a galhos ou paredes.

Historicamente, muitas dessas abelhas sofreram uma exploração predatória por meleiros, com a retirada do mel sem o manejo correto e consequente destruição das colônias, o que contribuiu para a diminuição das populações em algumas regiões.

No decorrer do tempo, a exploração predatória cedeu espaço para a meliponicultura, que além de permitir a produção dos diversos tipos de mel, ainda contribui para a conservação das diferentes espéciesAs abelhas sem ferrão ocupam grande parte das regiões de clima tropical do planeta. Ocupam também algumas importantes regiões de clima subtropical, como porções do Sul do Brasil e Argentina e o Norte do México.