Concluído curso de operação de ordenhadeiras em Irati

 

Publicado em: 27/06/2019 15:43

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Esta semana foi concluído um curso sobre operação e manutenção de ordenhadeiras, para produtores de Irati. A capacitação foi resultado de uma parceria entre SENAR, Sindicato Rural, Prefeitura de Irati e Emater, e teve início no dia 19 deste mês.

A primeira parte, que aconteceu na Associação dos Servidores Públicos Municipais neste dia, serviu para o repasse de todo o conteúdo teórico para os participantes. No último dia 24, aconteceu o acompanhamento técnico nas propriedades. Em ambos os momentos, mais de uma dezena de produtores iratienses participaram do treinamento.

O curso foi voltado a produtores de leite, em sua maioria atendidos pelo Projeto Leite Competitivo Sul Cantu. O conteúdo abordou vários assuntos referentes à manutenção dos equipamentos que compõem o sistema de ordenha como bombas de vácuo, tubulação de vácuo, reservatório sanitário, regulador de vácuo, pulsadores, coletores de leite, teteiras, mangueiras de leite, mangueiras de vácuo e unidade final.

A ordenha é uma das tarefas mais importantes da atividade leiteira, pois é o momento em que o produtor realiza a sua colheita. É fundamental para o sucesso da atividade, sendo que a mesma interfere na qualidade, na produtividade, na saúde e na vida útil dos animais.

Pela grande importância que tem, a ordenha deve ser realizada por pessoas capacitadas e tranquilas, que sigam todos os requisitos para a boa prática, a fim de garantir a qualidade do leite e preservar a saúde dos animais.

Instruções normativas 76 e 77 começam a vigorar

Um dos temas mais importantes abordados aos produtores no curso foram as instruções normativas 76 e 77, e sua importância na melhoria da qualidade do leite entregue aos laticínios.

As IN 76 e 77 trazem novidades para todas as etapas da cadeia produtiva do leite, desde a produção até os critérios finais de qualidade dos leites pasteurizados. Estas normativas foram publicadas em 30 de novembro de 2018 e começaram a vigorar de maio para junho deste ano.

Pelas presentes instruções, entre os vários aspectos abordados, o primeiro refere-se à produção, onde ocorre a mudança relacionada à definição detalhada dos programas de autocontrole (PAC). O que antes já era cobrado pelos fiscais dos serviços de inspeção, agora está regulamentado em uma abordagem mais clara, elencando cada ponto a ser contemplado nos programas de autocontrole dos laticínios.

Entram neste quesito, por exemplo, o estado sanitário do rebanho, planos para a qualificação dos fornecedores de leite, programas de seleção e capacitação de transportadores, sistemas de cadastro dos transportadores e produtores, inclusive com georreferenciamento, além de descrever todos os procedimentos de coleta, transvase e higienização de tanques isotérmicos, caminhões, mangueiras e outros usados na coleta e transporte do leite até o laticínio.

Pelas mesmas instruções, vêm em seguida, entre outras, a questão do armazenamento de leite na propriedade, que deve ser coado antes de ser conduzido ao resfriador.

Transporte, industrialização, análises diárias da recepção do leite cru refrigerado, análises de antibióticos mais específicas e detalhadas, cumprimento das legislações, o treinamento periódico dos funcionários e a assistência de um médico veterinário também foram temas abordados.