31 de maio: dia mundial sem tabaco

No dia 31 de maio, comemoramos o Dia Mundial Sem Tabaco. Em Irati, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância em Saúde, além dos programas antitabagistas permanentes que já coordena, vai desenvolver campanha educativa e intensiva na semana de 28 de maio a 1º de junho. Serão realizadas palestras nas escolas municipais e estaduais, blitz e panfletagem em áreas estratégicas da cidade, e distribuição de folders estimulando a parar de fumar em todas as unidades de saúde do município e na Santa Casa. No dia 31 de maio, haverá o Dia de Manutenção dos Grupos de Tabagismo, às 13h30, no salão do Centro Administrativo Municipal, onde se reúnem ex-fumantes que passaram pelo programa Irati Livre do Tabaco para a troca de experiências e relato de superações individuais. A Vigilância em Saúde de Irati já vem antecipando há algum tempo as ações de esclarecimento quanto aos malefícios do fumo, através de entrevistas nos meios de comunicação, divulgação de resultados dos grupos de pessoas que buscam abandonar o vício e inserções de chamadas em painel de LED, no centro da cidade. Desde que foi criado, em 2007, já passaram pelo programa Irati Livre do Tabaco mais de 350 pessoas. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que a eficiência da terapia em grupo oscila entre 65% a 80%. Quem quiser obter mais informações como funciona o programa, pode ligar para o telefone 3907 3146. Fumar faz mal pra você, faz mal pro planeta Nesse ano, o Ministério da Saúde e o INCA (Instituto Nacional do Câncer) trazem como tema Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta. A escolha desse tema, não se deu ao acaso. ?? indiscutível que o cigarro traz danos à saúde de todos, fazendo com que milhões de pessoas em todo o mundo morram, e muitos outros sofram em decorrência das sequelas ocasionadas pelo cigarro. Fora isso, só no Brasil, milhões de reais são gastos em tratamento para fumantes e também com internamentos, incluindo-se aí em UTIs, dinheiro que poderia ser muito bem investido na melhoria da saúde e tantos outros investimentos por parte dos governos. Só nesse aspecto, é possível afirmar que o cigarro é prejudicial não somente à saúde, mas também à economia do país, argumenta Leandro Ditzel, coordenador do programa iratiense de combate ao tabagismo. Sério problema ao meio ambiente Outro aspecto que nem sempre é lembrado, destaca Ditzel, é a gama de danos que esse produto traz ao meio ambiente. O primeiro que podemos citar é o desmatamento que chega a 5% do ocorrido nos países em desenvolvimento em função da extração de árvores que serão utilizadas para a secagem do fumo, contribuindo fortemente para a emissão de gases do efeito estufa. Fora isso, o solo e o lençol freático são contaminados pela utilização de venenos para a produção do fumo. Para ter idéia da extensão dos danos, a cada 300 cigarros fumados, uma árvore é queimada. Levando-se em conta uma pessoa que fuma uma carteira de cigarros por dia, ou seja, 600 cigarros em um mês, ela contribui com a queima de duas árvores ao mês, ou 24 árvores no ano. Tabagismo é causa de doenças, morte e agride ao próximo O consumo de cigarros, cachimbos, charutos e cigarros de palha, mata no Brasil cerca de 80 mil pessoas a cada ano. O fumante perde anos preciosos de vida e pode sofrer com doenças graves, como câncer de diversos tipos, enfisema, bronquite, angina e infarto do coração, derrame cerebral, arteriosclerose, infecções respiratórias e úlceras digestivas, entre outras. Durante a gravidez, o fumo pode causar abortos, nascimentos de bebês com baixo peso ou até mesmo a morte de recém-nascidos. A nicotina é que causa a dependência do cigarro. Ela faz com que o organismo sinta a falta do fumo, tornando difícil seu abandono. Difícil, mas não impossível. A recompensa é uma vida mais longa e saudável. O não-fumante que respira a fumaça do cigarro se torna um fumante passivo e apresenta, a curto prazo, irritação nos olhos, tosse, dor de cabeça e aumento de alergias. A convivência contínua ao lado de fumantes pode acarretar problemas pulmonares, aumento da pressão arterial, infarto e angina do coração e câncer. Fumar é considerado doença social Fumar também é considerado uma doença social, pois além dos danos à saúde do fumante, há o sério comprometimento de tudo que está à sua volta. As famílias perdem seus entes queridos, são afetadas pela poluição tabagística em casa e gastam com cigarros o dinheiro que poderia ser usado para o lazer ou alimentação. O sistema de saúde gasta com tratamento e internações de doentes afetados pelo cigarro, tem seus ambulatórios sobrecarregados com estes doentes e monopoliza recursos que poderiam ser empregados em outras áreas da saúde. Já os trabalhadores fumantes faltam mais ao trabalho, porque adoecem com maior freqüência, gastam mais com remédios, produzem menos do que poderiam, pois interrompem o trabalho várias vezes para fumar, se aposentam ou morrem precocemente, poluem o local de trabalho, transformando seus colegas em fumantes passivos e, inclusive, aumentam as chances de causar incêndios no local de trabalho.