Nota – Relatório de retorno Auditoria Cívica da Saúde

 

Publicado em: 09/11/2016 15:51

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A Prefeitura de Irati reitera o compromisso prioritário com a gestão da saúde básica, por isso, desde que recebeu o relatório, trabalha no sentido de avaliar todos os pontos apresentados e resolver os problemas que foram confirmados pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde. O reconhecimento respeitoso do trabalho dos auditores cívicos, no entanto, não impede que a administração faça contestações de alguns pontos do relatório de retorno.

Mesmo com a resolução de vários achados na auditoria, o relatório de retorno não considera o trabalho realizado, mantendo-os em situação pendente. No anexo da nota apresentamos diversas pontuações em relação ao que se apresenta no relatório de retorno, a fim de esclarecer a real situação dos locais de atendimento.

Outro aspecto que os auditores desconsideraram em seu relato se refere a distribuição de medicamentos.  Em relação aos insumos medicamentosos voltados para hipertensão e diabetes, a maioria destes faz parte do programa da Farmácia Popular e são disponibilizados apenas para as UBS’s do interior que não têm farmácia comercial nas proximidades. Por isso a gestão não faz a distribuição desses medicamentos em unidades urbanas, sem, no entanto, acarretar prejuízo aos usuários.

Outro aspecto desconsiderado é a metodologia de distribuição de remédios. Muitos medicamentos, equipamentos e insumos faltantes no momento da auditoria cívica estavam disponíveis no CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico), sendo que o envio da requisição do pedido é realizado pelos responsáveis por cada UBS. Em boa parte dos casos, portanto, os usuários não ficaram sem os medicamentos, pois eles são enviados de acordo com a demanda e de imediato distribuídos, não permanecendo armazenados nas unidades.

A Prefeitura Municipal, em todos os momentos, deixou à disposição dos auditores as unidades de saúde, reconhecendo o papel fundamental da sociedade civil na gestão da saúde. Lamenta, porém, que durante esse processo de auditoria tenha sido recorrente o uso político do levantamento. Mesmo se declarando apartidário, vários dos auditores concorreram à cargos públicos nas últimas eleições.

A nota média atribuída pelos usuários durante a auditoria foi de 8,01. Os autores do relatório, no entanto, questionam o resultado obtido por eles mesmos, sugerindo que “os usuários não conhecem o que seria uma unidade que atenda cem por cento ao que é proposto para o bom funcionamento da atenção primária, então atribuem notas altas ao que lhes é oferecido”. Questionar um dado obtido pelos próprios auditores, somente por ser positivo, desqualificando os usuários do sistema que responderam a pesquisa, não parece adequado. Primeiro porque faz juízo de valor em relação ao que pensam os usuários. Segundo porque escancara uma tentativa de gerar uma interpretação sempre negativa dos fatos. Esse posicionamento e juízo de valor sobre a pesquisa em nada contribui para obtenção de um diagnóstico claro que ajude o gestor a avançar no serviço de saúde. Gera, isso sim, uma interpretação distorcida da realidade, dando a impressão da existência de um ‘caos’ que não corresponde à realidade.

O retorno do relatório não se restringe aos fatos e dados da auditoria. Em diversos trechos envereda para o julgamento da administração, reforçando o posicionamento político que por vezes sobrepõe a posição institucional que lhe cabe. Contradiz, portanto, o seu próprio discurso de movimento apartidário.

Também é importante ressaltar que durante a entrega do retorno do relatório, na manhã desta quarta-feira, 9/11, não foi destinado tempo para contradição de alguns dos dados. A Prefeitura entende que o relatório da Auditoria não é definitivo e conclusivo, pois muitos pontos são interpretativos.

A gestão municipal reconhece que há muito o que ser feito e que os dados do relatório contribuem para melhorar o sistema público de atenção básica. Deve-se, porém, reconhecer os avanços para que seja possível planejar as melhorias. A área da saúde recebeu boas avaliações de índices externos, como o realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). Também aumentou o investimento em saúde, chegando a 24% do total do Orçamento. Isso revela o comprometimento com a resolução dos problemas e com a melhor prestação de serviços. Reconhecendo a complexidade da gestão da saúde, os desafios financeiros e a demanda crescente, não é correto acusar a administração de falta de comprometimento com a saúde pública.


Segue abaixo os links dos relatório de ações e esclarecimentos em relação aos achados na Auditoria Cívica da Saúde.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4


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