Em 30 dias deverá ser apresentado um projeto de reforço estrutural da
obra
Nesta quarta-feira (18), a administração municipal coordenou a primeira
reunião técnica para discutir a retomada e conclusão da obra do Ginásio de
Esportes José Richa. A construção encontra-se paralisada desde 2012, quando
foram detectadas falhas no projeto. O espaço esportivo, com mais de 4.900 m² de
área construída, localizado na Avenida Perimetral João Stoklos, sofreu
interrupção quando se encontrava com aproximadamente 60% de edificação. Sua
capacidade é projetada para três mil pessoas.
O resultado do encontro foi considerado por todos como extremamente
positivo, em que várias proposições para a continuidade da obra buscaram
agregar o máximo de segurança à estrutura, paralisada há cinco anos, com
alternativas viáveis financeiramente. Mas, acima de tudo, procura-se solucionar
a questão judicial entre a Prefeitura e a empreiteira encarregada da construção
do espaço, que pleiteia os valores do serviço já executado.
“Foi uma grande vitória”, comemorou o secretário municipal de
Arquitetura, Engenharia e Urbanismo, Dagoberto Waydzik. “Reunimos todos os
atores desta situação cheia de percalços, para uma discussão muito produtiva,
entre eles, a empresa autora do projeto original, que propôs efetuar um projeto
de reforço estrutural da obra sem nenhum custo para o município no prazo de até
30 dias”, esclareceu.
Waydzik acrescentou que foi perceptível a boa disposição de todos os
presentes em dar solução ao impasse. “Neste importante primeiro momento,
ouvimos os pareceres tanto da Fomento Paraná, da Paranacidade, que fiscaliza e
libera, quanto da Câmara de Irati, da qual precisaremos da aprovação num
provável projeto de lei para aditivo financeiro”. A reunião foi integrada por
equipes da Prefeitura, do Governo do Estado e da Slomp Arquitetos, no gabinete
do prefeito para explanação dos detalhes técnicos, jurídicos e financeiros,
seguida de visita ao local da obra, para avaliação preliminar.
Do valor inicial de R$ 7.323.000,00 orçado em 2012, aproximadamente R$ 3
milhões já foram empregados no projeto. Segundo Dagoberto, a urgência em solucionar
a questão da obra parada do ginásio baseia-se na severa sanção que o município
pode sofrer por não tomar providências durante todos estes anos: “a não
liberação da capacidade financeira para empréstimos do Estado para obras no
valor de R$ 12 milhões, e ainda ter que devolver à vista o montante do que já
foi empregado”.
Questões
Uma das dúvidas suscitadas neste período foi quanto à altura da
cobertura do ginásio, quando se questionou se seria adequada para algumas
práticas esportivas. Este aspecto foi elucidado já no início da reunião pelo
sócio diretor da Slomp Arquitetos, Orlando Busarello, explicando que a
Confederação Nacional de Voleibol estipula sete metros como altura mínima para
o esporte. No caso, o Ginásio José Richa possui 8,5 metros, o que o habilita
para qualquer evento esportivo de porte nacional, como já constava no projeto
original.
Outro aspecto abordado foi a exposição da construção à ação do tempo,
sem cobertura e proteção alguma, e que ao longo dos anos provocou a
deterioração dos materiais. O levantamento técnico que começa a ser elaborado
pela Slomp Arquitetos irá apontar alternativas, entre elas a de um reforço
estrutural dos pilares para suportar a armação metálica existente. Outras
adaptações possíveis, bem como os custos de uma eventual substituição também
foram assuntos discutidos.
Em paralelo, a Prefeitura de Irati irá buscar rápido acordo com a Stafin
Construtora de Obras, para encerrar em definitivo a ação judicial da empreiteira,
quitar as pendências e, com isso, obter condições legais para fazer nova
licitação visando a continuidade da obra.
Para o prefeito, “o momento não é o de procurar culpados ou os
responsáveis pelos erros que culminaram na paralisação do ginásio, mas de
resolver e tocar a obra para frente. Temos o maior interesse de que este
benefício esteja o mais breve possível à disposição da população”, declarou
Derbli.
Presenças
Participaram da reunião o prefeito Jorge Derbli, o diretor de operações
do Paranacidade, Álvaro José Cabrini Junior, o coordenador de operações do
Paranacidade, Ricardo Muller, os representantes da Fomento Paraná, Paulo Morva
Martins e Flávio Fernandes, e o
arquiteto Orlando Busarello, autor do projeto arquitetônico do Ginásio de
Esportes, acompanhado de Márcio Conte, autor do projeto estrutural e de sua
equipe técnica.
Também participaram os secretários de Arquitetura, Engenharia e
Urbanismo, Dagoberto Waydzik, de Esportes, Antônio Celso de Souza, de
Planejamento e Coordenação, Rozenilda Romaniw Bárbara, o Procurador do
Município, Robson Krupeizaki, a Assessora de Gabinete, Patricia da Luz, a Chefe
Regional do DER, Lucimara Aparecida Andrade Farias, o vereador José Bodnar, o Presidente
da Câmara de Vereadores, Hélio de Mello, além de engenheiros e técnicos da
prefeitura.