A
Cidade da Criança (Associação Santos Inocentes), localizada no Bairro Alto da
Lagoa, está recebendo este mês dois importantes auxílios para proporcionar
melhor sustentação aos serviços que presta. Nesta semana, está sendo liberada a
primeira parcela da subvenção social que totaliza R$ 130 mil em 2017, para uso
na cobertura de despesas da entidade. Outro benefício que já está acontecendo é
o projeto Acolhimento Solidário, da Fundação Banco do Brasil, que pretende ampliar
para 120 o número de vagas no contraturno e prevê capacitação profissional para
45 mães.
Segundo
o coordenador do Projeto da Fundação Banco do Brasil, Orlando Azevedo, este
“conjunto de ações representa o braço social do Banco do Brasil e a Cidade da
Criança foi escolhida por ser a entidade uma referência no atendimento de
crianças e adolescentes”.
Já o
repasse da subvenção municipal à entidade ficou definido através da Lei 4258,
de 22 de fevereiro último, que ampliou o valor que era destinado até então à
instituição, dividido em nove ou dez parcelas ao longo do ano.
O Projeto Acolhimento Solidário
Azevedo
explica que “com o investimento social previsto, busca-se estruturar
internamente a Associação Santos Inocentes proporcionando a ampliação do
atendimento no contraturno escolar. Antes do projeto eram 50 vagas, agora
estamos com 90, e a meta é chegar a 120”.
“Também
estamos criando condições de capacitação para 45 mães das crianças assistidas
com os cursos de Panificação, e também Manicure e Pedicure do SENAC, visando a
inclusão sócio produtiva e geração de renda das famílias envolvidas”, detalha o
coordenador.
Orlando
explica que “o curso de panificação, por exemplo, está atendendo 25 mães,
começou no dia três deste mês e conclui no próximo dia 29”. Segundo o
coordenador, “consiste numa formação técnica, em parceria com o SENAC, em que
se montou uma padaria solidária para comercializar esta produção. Na sequência,
a ideia é formar uma cooperativa, onde parte da produção será para consumo
próprio e o excedente será comercializado por uma empresa parceira do projeto”.
Também
pelo SENAC há o curso de manicure, para mais 20 pessoas, oferecendo a possibilidade
de trabalhar por conta própria em casa ou em domicílio, ou habilitar-se a um
emprego nos estabelecimentos do ramo.
“Pelo
contraturno busca-se o desenvolvimento atlético, corporal, socialização e
integração de 120 alunos com a participação nas diversas modalidades
esportivas, culturais e sociais. Com a participação da Unicentro é favorecido o
enriquecimento do conteúdo pela atuação de professores e estagiários da
entidade nos subprojetos de educação ambiental, reforço escolar, saúde e
motivação para continuidade nos estudos e formação superior”, esclarece Azevedo.
Para
viabilização do projeto Acolhimento Solidário, são parceiros a Prefeitura, G Center,
Unicentro, Engeprócons, 8ª Cia. de Polícia Militar, Lojas Vivere, Senac,
S.A.Moageira e Agrícola e Aciai.
Apoios serão fundamentais para a Cidade da
Criança
Além
do projeto Acolhimento Solidário do Banco do Brasil, da subvenção social de R$
130 mil para 2017 assegurada pela Prefeitura, e do apoio das empresas e
entidades parceiras, a Cidade da Criança ainda pode contar, via Secretaria
Municipal de Assistência Social, com disponibilização do oficineiro de capoeira,
de vigia e completo apoio técnico para a entidade.
Outro
projeto levado a efeito pela Fundação Banco do Brasil em Irati aconteceu com a
Guarda Mirim. “Durante os quatro anos em que recebeu apoio deste braço social
do Banco do Brasil, muitos avanços foram constatados. Foi pela Guarda Mirim,
por onde passaram mais de 600 alunos, que muitos conseguiram o seu primeiro
emprego e outros estão estudando em curso superior.
Dentro
do projeto Acolhimento Solidário na Cidade da Criança o próximo grande evento
já está programado. Dia 30 deste mês, às 14h, será feita a assinatura oficial
do projeto, nas dependências da instituição. Haverá coquetel feito com os
produtos feitos pelas próprias mães dentro da oficina de panificação.
Cidade da Criança: mais de vinte anos de
atuação
A
Associação Santos Inocentes surgiu há mais de vinte anos com a missão de
amenizar o clima de violência e vulnerabilidade social instalado no bairro Alto
da Lagoa, com as características de uma entidade voltada para a proteção da
infância e da adolescência.
Conhecida
como Cidade da Criança é um projeto amplo que abriga crianças órfãs,
abandonadas, desamparadas, vítimas de negligência, maus tratos, exploração
sexual, emocional ou qualquer outro tipo de risco. A Instituição funciona em
sistema de casas lares, atendendo crianças e adolescentes até 18 anos
encaminhadas pelo Poder Judiciário, oferecendo, também, um contraturno para crianças,
com reforço escolar e alimentação adequada nos dois turnos (lanche pela manhã,
almoço e lanche à tarde).