Irati intensifica combate ao abuso de menores através de campanha

A Secretaria de Assistência Social de Irati lança este mês campanha "Quem Sabe e Não Denuncia é Cúmplice", de intensificação de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Para ilustrar a campanha, está sendo usado um personagem lúdico, o “Super D”, um super defensor dos direitos desde grupo, como referência à Rede de Proteção e Enfrentamento às Violências no município. O objetivo é transmitir, através de linguagem própria e específica à criança, a seriedade necessária no combate ao abuso sexual.

Como denunciar

As denúncias podem ser feitas no Conselho Tutelar, localizado à Avenida Vicente Machado, 399, próximo à Agência do Trabalhador, ou no Disque Denúncia Nacional, o Disque 100, um serviço de utilidade pública que atende o município de Irati. Para o mesmo procedimento há ainda o Disque 181, do Governo do Paraná.

Além de violência sexual, o Disque 100 recebe também denúncias de maus-tratos, negligência, pornografia, entre outros crimes.

A maior parte das denúncias recebidas pela central são contra meninas, num total de 62%. Esse número sobe para 81%, quando as denúncias são de violência sexual. A ligação é gratuita e o usuário não precisa se identificar.

Em Irati, ainda podem ser procurados os CRAS do município, na Vila São João, Canisianas e Lagoa, e o CREAS, no Rio Bonito, para denúncia anônima.

Trabalho coletivo

O secretário de Assistência Social, Sidnei Jorge, comenta que “por meio deste trabalho técnico e coletivo, e do engajamento de todos nesta prática profissional, busca-se o eixo norteador dos princípios da defesa, e garantia do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes”.

“É extremamente necessário firmar esse compromisso do poder público e da sociedade civil organizada, para criar uma estrutura interligada de políticas públicas voltadas aos direitos das crianças e dos adolescentes. Apenas com o esforço conjunto de todos os setores da sociedade conseguiremos atingir a plenitude da dignidade humana e da cidadania de todas as crianças e adolescentes”, declara o prefeito Jorge Derbli.

Programa

Durante o mês de maio, diversas ações de prevenção estarão sendo realizadas nas escolas municipais e estaduais, bem como, nos espaços públicos e privados, como a entrega de materiais elaborados pela equipe da Secretaria de Assistência Social.

Nesta quinta-feira, dia 04, às 13h30, haverá capacitação ministrada pelas equipes dos CRAS, no salão do CAM, com todos os coordenadores das escolas municipais.

Para o dia 18, está programada uma Mesa Redonda com todas as entidades vinculadas ao atendimento à criança e ao adolescente no município, nas dependências do Cine Café, às 14h.

Também haverá distribuição de materiais alusivos à campanha, e orientações sobre a sua forma de desenvolvimento no município, no dia 19, durante evento de inauguração da reforma do Centro de Convivência de Nhapindazal, às 14h.

Personagem

Conforme estabelece a cartilha elaborada pelos técnicos da Rede de Proteção e Enfrentamento à Violência de Irati, “cuidar, amar, proteger e acolher, são simples verbos que podem mudar a vida de uma criança, tanto na prevenção, como no combate da violência”.

“No mundo de uma criança, a realidade se mistura com a fantasia, e dentro do seu imaginário, cada criança possui seu super-herói ou super-heroína capaz de protegê-lo”, descreve o documento. Nesse universo de faz-de-conta surgiu a ideia de um herói que esconde por trás de sua viseira a sua identidade infantil, e que em vez de fragilidade, transmite força.

O capacete elmo, símbolo dos grandes guerreiros romanos, propõe proteção e demonstra travar esta batalha, e a sua armadura robusta representa o combate. A capa simboliza presença de superpoderes, e os braceletes complementam a imagem de super-herói.

18 de maio

O dia 18 de maio de 2000 foi constituído pela Lei Federal n° 9.970, como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Essa data foi escolhida em razão do crime que comoveu toda a nação brasileira e remete ao caso “Araceli”, ocorrido em maio de 1973, em que uma menina de oito anos de idade foi cruelmente assassinada, após ter sido violentada em Vitória, no Espírito Santo.