A Secretaria de Saúde de Irati está se
preparando para a Campanha Nacional de Multivacinação 2017, que visa a
atualização da caderneta de vacinação da criança e do adolescente. Este ano, a
campanha acontecerá no período de 11 a 22 de setembro, sendo 16 de setembro, o
dia de divulgação e mobilização nacional.
“A Campanha de Multivacinação não tem meta a
ser atingida. Trabalhamos com a população de zero a quinze anos, em Irati estimada
em 13.902 pessoas, que necessita ter suas carteirinhas de vacinação avaliadas. Se
alguma vacina estiver em atraso será administrada”, esclarece a enfermeira Denise
Homiak Fernandes, que é coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria
Municipal de Saúde. Ela acrescenta que, ao final da campanha, será realizada
uma avaliação, a fim de verificar quantas pessoas realmente procuraram as
unidades de saúde e, destas, quantas foram vacinadas.
Ministério
e secretarias envolvidos
A multivacinação é uma estratégia que a
Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) vem adotando
desde 2012, com a finalidade de atualizar a situação vacinal da população de
crianças e adolescente menores de 15 anos de idade. Além de melhorar a
cobertura vacinal e otimizar a logística dos serviços de saúde, a campanha objetiva
a atualização da Caderneta de Vacinação.
Trabalham em parceria na execução do
programa o Ministério da Saúde, por meio da CGPNI, o Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis (DEVIT), a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e
as secretarias estaduais e municipais da Saúde.
Medida
quer corrigir casos de baixa cobertura vacinal
Em documento que justifica a iniciativa, a Vigilância
Epidemiológica de Irati detalha que “ainda existem localidades que apresentam
baixas coberturas vacinais, criando condições para formação de bolsões de
suscetíveis às doenças imunopreveníveis. Como agravante, as condições de baixa
renda e a desnutrição podem potencializar o risco de morte ou sequela por
doenças infectocontagiosas nessas localidades”.
As recomendações dos esquemas vacinais são
elaboradas a partir de estudos que demonstram como uma vacina pode proporcionar
o máximo de eficácia e proteção contra as doenças imunopreveníveis. Neste sentido,
para cada vacina é estabelecido um esquema de vacinação, as faixas etárias alvo
da vacinação, a idade mínima e máxima para receber cada dose e os intervalos
ideais entre as doses.
“Doses administradas em intervalos
inoportunos ou com número de doses insuficientes podem prejudicar o objetivo do
programa de vacinação, uma vez que a proteção individual e coletiva passa a não
ser alcançada e, com isso, as doenças que foram eliminadas podem recrudescer,
ou mesmo ter mudanças no seu comportamento epidemiológico”, esclarece o
documento. Como exemplo, é citado o caso da caxumba, com recentes notificações
de surtos em vários estados, acometendo adolescentes e adultos jovens.
São 14 vacinas para as crianças e cinco para
os adolescentes. É fundamental que toda a população alvo compareça aos serviços
de saúde levando a caderneta de vacinação, para que os profissionais de saúde
possam avaliar se há alguma vacina que ainda não foi administrada ou se há
doses que necessitam ser aplicadas, para completar o esquema vacinal.