A
Prefeitura de Irati, a Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO –
Campus Irati) e a Câmara Técnica de Meliponicultura do Estado do Paraná
realizarão o 11º Seminário Paranaense de Meliponicultura, no dia 24 de novembro
(sexta-feira), no Auditório Denise Stoklos da UNICENTRO.
O
seminário vai acontecer das 8h às 17h30, e terá custo de R$ 40 por pessoa,
incluindo almoço e participação em dois minicursos.
Informações
pelo e-mail [email protected], ou pelos telefones (42)
3132 6170, com Fritzen, ou (42) 3421 3084, com Carlos Henrique.
Abelhas sem ferrão
A
meliponicultura é a criação de abelhas nativas do Brasil, que são conhecidas
como abelhas sem ferrão (ASF). “Na verdade, elas têm um ferrão atrofiado”,
explica Cristhiano Daniel Fritzen, médico veterinário da Secretaria de
Agricultura de Irati.
“É
uma atividade que vem crescendo no Brasil e no Paraná e se tornado uma fonte
alternativa de renda para agricultores familiares, e até mesmo moradores das
cidades. É possível criá-las nas áreas urbanas sem problema algum, pois são
animais de manejo tranquilo, que não apresentam perigo às pessoas nas
proximidades”, comenta.
Seminário
O
Seminário Paranaense de Meliponicultura acontece anualmente e é promovido pela
Câmara Técnica de Meliponicultura, de forma itinerante, pelo estado do Paraná.
Tem
como objetivo congregar todos os envolvidos com a cadeia produtiva, a comunidade
científica, os criadores e demais simpatizantes das abelhas sem ferrão (ASF),
proporcionando a troca de experiências e trazendo informações atuais aos
interessados por meio de palestras técnico-científicas, minicursos e espaços de
socialização e compartilhamento de vivências.
Buscando
aprofundar os conhecimentos dos participantes, além de palestras, o seminário
contará também com oficinas, onde as pessoas poderão de uma forma mais
interativa se aprofundar no assunto que mais lhes interessem, dentro da criação
das ASF.
Estas
oficinas ou minicursos, envolverão questões de manejo, alimentação e
identificação de espécies de abelhas e flores melíferas, e cada participante
poderá se inscrever em dois minicursos.
O
valor da inscrição é R$ 40, e inclui a participação no evento (com os
minicursos) e alimentação, que será no restaurante universitário da UNICENTRO.
As inscrições podem ser feitas através do site https://evento.unicentro.br/site/seminarioparanaensem/2017 .
250 espécies no Brasil
O
Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas pertencentes à tribo
Meliponini, chamadas popularmente de abelhas sem ferrão. Algumas destas
espécies são criadas para a produção de mel, que tem sido cada vez mais
valorizado para fins gastronômicos.
Além
disso, elas cumprem um papel muito importante na polinização de plantas,
cultivadas ou não, permitindo a produção de sementes de várias espécies, muitas
das quais fundamentais para a alimentação humana. Sem a colaboração dessas
abelhas, muitas plantas deixam de produzir frutos e sementes, podendo inclusive
chegar à extinção.
Meliponicultura no Brasil
As
espécies mais conhecidas no Brasil, como a jataí, mandaçaia, manduri,
mandaguari e uruçu, constroem geralmente seus ninhos em cavidades existentes em
troncos de árvores. Outras utilizam formigueiros e cupinzeiros abandonados, ou
constroem ninhos aéreos presos a galhos ou paredes.
Historicamente,
muitas dessas abelhas sofreram uma exploração predatória por meleiros, com a
retirada do mel sem o manejo correto e consequente destruição das colônias, o
que contribuiu para a diminuição das populações em algumas regiões.