Município recebeu prazo do Ministério
Público e IAP em caráter de urgência. Problema, que se estende há 10 anos sem
resolução pela Prefeitura, terá transbordo temporário como alternativa
Em 2018, o município de Irati terá um reajuste na tarifa de coleta e
destinação do lixo. A medida se deve porque o Aterro Sanitário, localizado no
Pinho de Cima, está com sua capacidade máxima e encerrará suas atividades. O
Ministério Público (MP) formalizou, em 06 novembro, um prazo para o fim do
aterro. O transbordo dos resíduos é a alternativa temporária mais viável
encontrada pelo município.
Atualmente, a prefeitura de Irati realiza a coleta de resíduos
domiciliares por meio de uma empresa terceirizada e já encontra dificuldades
financeiras, retirando dos cofres públicos uma quantia para cobrir as despesas
com a coleta urbana. Além deste problema, o caso do aterro, que se estende há
10 anos, teve a determinação do MP e IAP para ser paralisado. “A última licença
de operação do aterro tinha validade até 23 de janeiro de 2007. A partir desta
data, estava sendo utilizado de forma irregular”, afirma Magda Lozinski,
secretária municipal de Ecologia e Meio Ambiente, baseada em toda a documentação
sobre o caso.
Desde o ano de 2013, a prefeitura acumula oito processos do MP
solicitando a solução da destinação dos resíduos sólidos. “Em novembro deste
ano, o MP assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o município, dando
uma data para o fim do aterro. Se não cumprirmos isso, a prefeitura terá uma
multa diária de R$10 mil”, explica o prefeito Jorge Derbli, alertando a
gravidade do problema. Como o município, até hoje não encontrou outra área
adequada para a instalação de um novo aterro, em caráter emergencial, terá que
fazer o transbordo dos resíduos. “Este serviço tem alto custo e, por este
motivo, será necessário aumentar a taxa de coleta e destinação”, destaca o
prefeito.
IAP também cobra medidas
Além do MP, o IAP já realizou o auto de infração ambiental em abril de
2016 e, em 2017, impôs a paralisação do aterro no dia 21 de dezembro. “Para
solucionar e não deixar de realizar a coleta e disposição final, fica clara a
necessidade do aumento da taxa de lixo, uma vez que se não fizer, a coleta será
suspensa”, justifica Magda.
Projeto de lei vai para
Legislativo
Como a medida exige agilidade, nos próximos dias, o Executivo enviará à
Câmara de Vereadores um projeto de lei para votação do aumento da taxa de lixo.
No primeiro ano, este acréscimo será em torno de 93%, sendo que, nos anos
seguintes, o proporcional será menor, chegando em 2020, a um equilíbrio entre o
custo do serviço e o pagamento da população pela coleta e destinação.
De acordo com a Secretaria de Ecologia e Meio Ambiente, o último orçamento
de uma empresa de transbordo, realizado no mês de agosto, foi de R$246.960 mil
mensais, sendo a cotação mais barata. Depois da aprovação, ocorrerá um processo
de licitação para a contratação da empresa executora do serviço.
Texto e foto: Assessoria de Comunicação