Com o aumento significativo de casos confirmados por Covid-19 nos últimos dias, sendo reflexo da falta de atenção às medidas de prevenção ao vírus, Irati e as cidades vizinhas estão passando pelo momento mais grave da pandemia. De acordo com o Centro de Operações Especiais e de Fiscalização da Covid-19 em Irati (COEF), a média é de 55,8 casos novos confirmados por dia. Somente nos primeiros 10 dias de maio, foram registrados 17 óbitos.
“Estamos vivendo o pior momento da pandemia em nossa cidade. Nós já sabemos que maio será o mês mais cruel, letal na quantidade de óbitos, desde o início da pandemia”, afirma o enfermeiro e coordenador do COEF, Agostinho Basso. Nesta manhã de quarta-feira (12), Irati tem 52 pacientes internados, sendo 16 em Enfermaria e 15 na UTI, e mais 21 pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Somente no último fim de semana foram cinco óbitos de adultos jovens. “Isso nos assusta bastante, nos traz uma grande preocupação para os próximos dias, tendo em vista que tivemos o Dia das Mães”. Mesmo com todas as solicitações e pedidos para a população seguir as recomendações de saúde, o COEF lamenta por muitas famílias terem se reunido ou participado de almoços fora de casa para comemorar a data.
Agostinho faz um alerta importante para todos: “temos, nos próximos 15 dias, o fruto desta saída para o comércio e destes almoços do Dia das Mães. Venho pedir, encarecidamente, que só saia de casa se, realmente, for necessário. Somente saia para o comércio, para as compras em extrema necessidade. Não é hora”.
Esta segunda variante do vírus, que está atingindo o país neste momento, é muito mais patogênica, grave e letal. O COEF explica que, como os idosos estão quase todos vacinados, esta variante tem afetado, severamente, os adultos jovens. Vale lembrar que a vacina é uma ferramenta de combate, porém não possui a eficácia de 100% de imunização e, por isso, é necessário manter os cuidados.
“Vamos ficar em casa. Aqueles que podem, fiquem em casa e os que precisam sair para o trabalho, que logo retornem. Não é hora de se aglomerar, se reunir com pessoas. A situação é grave e bastante delicada. Junho também será pior, até então, nesta pandemia. Não espere um decreto, uma lei para que você tome uma atitude, temos que fazer a nossa parte”, recomenda Agostinho.