Área abrigará unidade de transbordo do resíduo sólidos, barracão de reciclagem, coleta verde, ecopontos, descarte de construção civil e recebimento de embalagens de agrotóxicos
O município de Irati está lançando um grande projeto que dará fim ao aterro sanitário por meio do transbordo dos resíduos, ampliação da coleta de recicláveis, junto à geração de renda e empregos, e a criação de Ecopontos para o recolhimento de outros materiais. Trata-se do Complexo de Gestão de Resíduos Ambientais de Irati, o Complexo GARI. As obras já iniciaram na área do Condomínio Industrial da Vila São João e o GARI será a maior estrutura da região na gestão de resíduos.
Irati produz, aproximadamente, 30 toneladas de resíduos por dia e está com a capacidade máxima do aterro sanitário. E, neste momento, a história do município ganha um novo capítulo pelo importante passo que está sendo dado, no que diz respeito à responsabilidade ambiental.
Segundo o prefeito Jorge Derbli, o novo projeto irá suprir uma demanda de muitos anos relativa à destinação dos resíduos sólidos, uma vez que o aterro, localizado no Pinho de Cima, já não atende as necessidades do município.
“Neste projeto, além de contemplarmos o transbordo e o recolhimento de qualquer tipo de lixo, teremos uma unidade de reciclagem inovadora, um barracão para reciclagem, com equipamentos modernos e correias transportadoras para fazer a separação do lixo”, explicou Derbli, destacando também que os trabalhadores da associação e da cooperativa de recicladores de Irati terão melhores condições de trabalho.
A secretária de Ecologia e Meio Ambiente, Magda Lozinski, destaca que o espaço será utilizado por toda a população iratiense. “Faremos deste Complexo um lugar onde as pessoas possam levar todo tipo de resíduo para ser descartado corretamente. Pensando no meio ambiente e em uma cidade mais limpa, o projeto dará atenção à sustentabilidade no município”, relata a engenheira ambiental.
Além de encontrar uma alternativa de destinação para o lixo orgânico e o material reciclável, o GARI atenderá outra demanda importante. “Uma das estruturas a ser implantada junto ao Complexo GARI, receberá colchões, sofás, pedaços de móveis e resíduos que a população não sabe para onde mandar. A Prefeitura vai fazer este espaço e, por meio do acúmulo de um volume considerável destes materiais, estará fazendo a destinação correta, facilitando para a gestão pública e o munícipe”, frisou Magda.
Com isso, não haverá mais desculpas para que TVs, colchões e sofás, por exemplo, sejam jogadas em terrenos baldios ou na beira do rio, pois terão um espaço correto para destinação.
A obra
O Complexo GARI terá um barracão, que já está em construção. A obra está sendo edificada com recursos livres do município, a um custo aproximado de R$ 300 mil. “É um barracão de cerca de 180 m² que servirá de abrigo para o material orgânico. Temos também todo um planejamento de logística para entrada e saída do material a ser depositado aqui”, comentou a secretária de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo, Jéssica Custódio.
Na mesma área, será construída uma estrutura para receber as cooperativas de reciclagem de Irati que, atualmente, estão instaladas em imóveis alugados na Vila Nova. O investimento neste local será de R$ 200 mil. A engenheira civil comentou que o barracão, que abrigará a cooperativa e a associação de catadores, será feito em convênio com o Instituto Água e Terra (IAT). “Este será um espaço para a seleção do material reciclável e terá um anexo com banheiros e refeitório”, pontuou.
“Queremos oferecer um ambiente favorável para estas pessoas, com dignidade, vestiário, banheiros e refeitório, dando melhores condições para as pessoas que fazem um trabalho tão importante no município, que é a reciclagem do lixo que é produzido todos os dias por todos nós”, completou o prefeito.
Geração de empregos e renda
O Complexo GARI unirá empresas públicas e privadas para o transbordo do lixo orgânico e para a reciclagem de tudo que se produz de resíduos em Irati. Por isso, o município também vislumbra oportunizar a criação de novos empregos com a demanda de trabalho nesta gestão de resíduos. “Além de termos empresas que fazem a reciclagem de materiais de construção e entulhos, criaremos muitos empregos e, consequentemente, geração de mais renda, além de resolvermos um problema ambiental que vem se prolongando há muito tempo. O projeto GARI, sem dúvida nenhuma, será um complexo de resíduos sólidos que vai atender a toda a necessidade da questão ecológica e do meio ambiente da nossa cidade”, observou Derbli.
Para a vice-prefeita Ieda Waydzik, o projeto traz para Irati um avanço ambiental de forte impacto. “O Complexo GARI será a maior solução para o nosso lixo, que é um problema mundial. Nós, cidadãos e contribuintes, temos que ser responsáveis pelos nossos resíduos, e esta será uma ação conjunta entre o poder público e toda a comunidade. É um avanço, pois estamos cuidando da nossa cidade, protegendo as nossas nascentes, assim como todo o meio ambiente”.
Em breve, a população poderá contar com este serviço público que se tornará o maior complexo de gestão de resíduos da região.