A Agência do Trabalhador de Irati realizou nesta terça-feira (21), o “Dia D” da inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, dedicado ao atendimento às pessoas com deficiência e aos beneficiários reabilitados do INSS. A ação, realizada em todo o Paraná, tem o objetivo de reunir empresas do município e da região visando incentivar a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho.
Marcelo de Ávila Francos, gerente da Agência em Irati, relata sobre o tema “aprendizagem”, abordado neste ano. “A partir desse tema que nos foi proposto, entramos em contato com os setores e com entidades que tratam desse tema da pessoa com deficiência, seja a pessoa que já está buscando a atividade laboral, ou aquele aluno com deficiência, que no futuro será esse público do mercado de trabalho”.
Durante a ação, estiveram presentes as entidades convidadas: Sesi, Senai, CIEE, Senac, APAE de Irati, Secretaria Municipal de Educação, por meio do Departamento de Educação Especial e, Núcleo Regional de Educação de Irati, representado pelo Departamento de Educação Especial. A proposta é que as instituições expusessem suas atividades desenvolvidas referentes à inclusão. “A Apae por exemplo nos trouxe a parte do Artesanato que é uma das suas unidades, e a jardinagem. Isto mostra que existe já o mercado da jardinagem para a instituição, mas também existe a possibilidade deste aluno que frequenta a Apae também ser inserido no mercado de trabalho”, conta Francos.
O dia é tomado como uma referência, visto que é trabalhado diariamente para que as pessoas com deficiência tenham a garantia e perspectiva de desenvolvimento, de atuação, capacitação profissional e possam ser inseridas no mercado de trabalho em condições favoráveis e adequadas. “O Sesi, Senai trouxe a parte de robótica que é uma é um setor já desenvolvido dentro do Sesi, e também é possível alcançar com as pessoas com deficiência. O CIEE e Senac nos trouxeram as questões ligadas aos programas de estágio e os programas de aprendizagem”, relatou Marcelo.
Ainda, abordando a proposta do tema, Francos destaca que a intenção é mostrar à sociedade a importância em se quebrar alguns paradigmas. “Precisamos quebrar alguns preconceitos, e a sociedade tem muitas vezes implícita ou até explicitamente mostrado esse preconceito. Precisamos quebrar isso, para que a pessoa com deficiência seja ela o aluno ou o trabalhador, não é uma pessoa que vai atrapalhar, como existem algumas falas. São pessoas produtivas e que podem sim estar inseridas no mercado de trabalho e trazem muitas realizações”, finaliza.
Alessandra Kaminski, professora na Apae e atuante há 22 anos, destaca a importância sobre a iniciativa. “É preciso mais ações como esta, para mostrar para toda a sociedade que a pessoa com deficiência tem capacidade como qualquer outra pessoa a sociedade. Precisa olhar para pessoa com deficiência sem o rótulo, porque são cidadãos competentes e que tem o seu direito de trabalho, de sustentar as suas famílias e sustentar a sua vida sozinhos. Então o que a sociedade precisa é tirar a máscara do pré conceito. Não é porque ele vem acompanhado com a deficiência, que ele não é capaz de trabalhar como qualquer outro cidadão”.
Victor Hugo da Silva, psicólogo na Secretaria Municipal de Educação, no setor de Educação Especial, ressalta a importância da data para a questão educacional. “Há empresas que cumprem as cotas aqui no nosso município, mas queremos que vá além disso e que essa que essa pessoa com deficiência pudesse ter para além dessas cotas, essas vagas, mas que tivesse mais visibilidade e mais oportunidade de trabalho”.