Irati trabalha com rede de proteção e acolhimento a mulheres vítimas de violência

 

Publicado em: 08/03/2023 14:54

Whatsapp

 

 

8 de março, Dia Internacional da Mulher, é uma data importante, principalmente para falarmos sobre a busca por mais igualdade e respeito às mulheres. Em Irati, a Prefeitura trabalha com uma rede de proteção e acolhimento às vítimas de violência doméstica e familiar.

 

Integrante da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania, a Patrulha Maria da Penha, criada em 2019 pela gestão do prefeito Jorge Derbli, realiza um trabalho contínuo junto a mulheres vítimas de violência. Atualmente no Município, há aproximadamente 150 mulheres com medidas protetivas ativas. “Houve casos de violência extrema em nosso Município e não poderíamos ficar sem fazer nada. Então, foi reforçado o trabalho já existente e formada uma rede de proteção e apoio às mulheres”, destaca o prefeito Jorge Derbli.

 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Cidadania, quando a Patrulha Maria da Penha recebe uma denúncia de violência doméstica, imediatamente desloca até o endereço, para averiguar e em seguida encaminhar a vítima para a rede de atendimento. Quando é requerida pela vítima, a equipe também realiza o trabalho de orientação quanto aos tipos de violência doméstica.

 

Ainda são feitas visitas domiciliares, solicitada a renovação da medida protetiva e encaminhamento de boletim de descumprimento, orientadas na instalação do aplicativo do Botão do Pânico da Policia Militar, conforme determinação judicial. “É um serviço complexo, mas necessário. Infelizmente, ainda registramos casos de violência contra a mulher. O trabalho é diário para mudar essa realidade”, comenta o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Lee Jhefferson de Souza.

 

A Patrulha Maria da Penha conta com diversas parcerias, entre elas com a Delegacia de Polícia Civil, onde uma servidora, que é Guarda Municipal e assistente social, foi cedida, para realizar o atendimento e escuta especializada. Com a Secretaria de Saúde para realizar o laudo de lesões corporais e atendimento médico; Secretaria de Assistência Social para o acolhimento na casa de apoio, encaminhamento ao Centro de Referência Especializado (CREAS), para acompanhamento da vítima e sua família e ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Também conta com o Serviço de Abordagem Social, que atende mulher vítima de violência 24 horas.

 

Além da rede do próprio Município, o trabalho da Patrulha Maria da Penha ainda conta com parceria com o Núcleo Maria da Penha (NUMAPE), projeto de extensão da Unicentro, que presta atendimento psicológico e jurídico voluntário; com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através da Comissão das Mulheres Advogadas, a vítima pode acionar um advogado voluntário para acompanhamento na Delegacia de Polícia Civil. Também com a Câmara de Vereadores, através da Procuradoria da Mulher; Policia Militar, com o aplicativo Botão do Pânico; Guarda Municipal e com o Poder Judiciário, com acesso ao sistema Projudi, através de termo de cooperação.

 

PREVENÇÃO - A equipe realiza também divulgação e panfletagem sobre a Lei 11.340/2006 e as atribuições da Patrulha Maria da Penha, quando solicitada, em escolas municipais, estaduais e universidades, locais públicos e privados. “O trabalho deve ser pelos direitos das mulheres e, também, voltado à prevenção, para que no futuro tenhamos mais igualdade e respeito”, afirma a vice-prefeita, Ieda Waydzik.

 

Desde o início do trabalho da Patrulha Maria da Penha, a equipe observou que por ser um serviço realizado por técnicos especializados, as mulheres se sentiram mais seguras. “Percebemos aumento no registro de medidas protetivas, porém não significa aumento da violência, mais sim, o trabalho desenvolvido pela Patrulha Maria da Penha, com o qual a vítima consegue procurar ajuda com confiança”, destaca a equipe.

 

ACOLHIMENTO – Além desse aparato do setor de segurança do Município, as vítimas e suas famílias, em Irati, contam com acolhimento, através de uma casa de apoio, vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social. “O atendimento é exclusivo a mulheres que estão em risco por alguma situação de violência e tem como finalidade prestar apoio e proteção a mulher em sua integralidade”, explica a secretária de Assistência Social, Sybil Dietrich.

 

A equipe, através da análise das consequências sociais, culturais, educacionais e socioeconômicas que a violência doméstica trouxe para a vida da acolhida, elabora um plano de ação, no qual constam as ações necessárias para que seja possível realizar um trabalho de resgate dos direitos que lhe foram retirados ou negados enquanto vivenciava situações de violência. “O trabalho tem como principal objetivo contribuir com a superação da situação de violência por meio do resgate da autonomia e da inclusão da mulher ao mercado de trabalho e à sociedade de forma geral”, acrescenta Sybil.

 

A casa de apoio a mulher em situação de violência tem capacidade máxima para acolher até 10 mulheres.