O mês de outubro tem sido de grandes volumes de chuva. No período já são mais de 500 milímetros, o que excede consideravelmente a média histórica do mês. A Prefeitura e a Defesa Civil do município realizam levantamentos, os quais já apontam grandes prejuízos, principalmente na área rural, com perdas de produção e infraestrutura.
Nesta segunda-feira (30), o prefeito Jorge Derbli e a vice-prefeita Ieda Waydzik reuniram uma equipe de trabalho, composta por diversas secretarias, para elaborar todas as informações necessárias sobre danos provocados pelas chuvas. Com o apanhado de dados, a Defesa Civil do município elabora documentos, que são disponibilizados à Defesa Civil estadual, com objetivo inicial de decretar situação de emergência em Irati. “Vamos buscar apoio dos governos do Estado e Federal, além de realizar medidas emergenciais para atender a nossa população”, declara Derbli.
De acordo com os levantamentos iniciais da Defesa Civil, no setor agrícola os prejuízos são estimados em aproximadamente R$ 25 milhões. Há perdas nas produções de fumo, trigo, feijão, soja, frutas e cebola, além de problemas com a retirada do leite das propriedades e pastagens encharcadas. Ainda, na área rural, a Secretaria de Viação e Serviços Rurais estima estragos em boa parte das estradas, perdas de 80 bueiros, problemas entre 15 a 20 cabeceiras de pontes, além de duas que foram arrastadas pela água, em Linha B e Linha E de Itapará.
Para amenizar as avarias, a Prefeitura pretende reforçar as equipes e maquinários para atender os danos no interior e também nos bairros da cidade, através de terceirização de serviços. “Precisamos que o tempo melhore. Não tem como trabalhar com o solo encharcado. Vamos fazer tudo o que estiver ao alcance do município para normalizar a situação e para que os moradores das comunidades rurais possam ser atendidos”, acrescenta o prefeito.
No perímetro urbano, houve pontos de inundações nos bairros Canisianas e Nhapindazal. Equipe das secretarias de Assistência Social e de Habitação trabalham para atender as famílias afetadas e o município deve disponibilizar o aluguel social para aquelas que estejam em situações de risco. “Estamos atentos e a primeira atitude é acolher as famílias que tiveram problemas em suas casas. Também o nosso trabalho é para minimizar as perdas que a chuva está causando na área rural”, comenta a vice-prefeita Ieda.
Com as diversas ações já realizadas pela Prefeitura, os danos com as fortes chuvas foram menores na cidade. Na semana passada, o Instituto Água e Terra (IAT) liberou a continuação da dragagem do Rio das Antas pelo período de um ano. Ainda, o município trabalha para conseguir 15 outorgas para realizar limpeza e dragagem nos afluentes.