Em reunião na manhã de hoje (27), na sede da Associação dos Municípios do Centro-Sul do Paraná (Amcespar), representantes da Polícia Científica do Paraná apresentaram o projeto que contempla a implantação de uma nova unidade em Irati para atendimento dos municípios da Amcespar e também, Ivaí e Ipiranga. Até que a construção da unidade esteja concluída, Irati contará com um posto avançado da Polícia Científica para agilizar os atendimentos.
Para a instalação da unidade em Irati, está previsto um investimento em torno de R$7 milhões do Governo do Estado do Paraná. A equipe será composta por sete peritos criminais, sete médicos legistas, dez técnicos de perícia e dois auxiliares administrativos. Também, dois “rabecões” - viaturas para remoção de cadáveres, e três veículos serão necessários para os atendimentos. O presidente da Amcespar e prefeito de Irati, Jorge Derbli ressalta que todos os recursos serão provenientes do Estado.
“Ao Município de Irati cabe apenas a cessão de um terreno para a implantação. Em vistoria feita hoje, no Loteamento Molinari, temos uma área com três mil metros quadrados e ela já foi aprovada previamente pela Polícia Científica. Estamos tratando de questões mais detalhadas do terreno, mas, provavelmente, essa unidade será construída lá. Isso também representa uma segurança maior para os moradores do bairro, que terão mais tranquilidade e proteção”, afirma Derbli.
O prefeito lembra que o trabalho da Polícia Científica não se resume ao atendimento de casos em que há morte. “Ela também desempenha um papel crucial na investigação de crimes. Além da realização de autópsias para determinar a causa da morte, são realizados exames de corpo de delito em casos de violência física e sexual, análises toxicológicas, identificação de vítimas e suspeitos através de exames de DNA, e outras perícias necessárias para esclarecer casos criminais. A presença da Polícia Científica em Irati vai permitir uma resposta mais rápida e eficaz nas investigações”, complementa.
O perito e chefe da Divisão Operacional da Polícia Científica, Leonel Letnar Junior explica que a atuação da unidade ocorre em conjunto com as demais forças de segurança e, que, com a criação da Unidade Técnico Científica em Irati, todo o processo será mais rápido. “Hoje, eventualmente, a Polícia Civil precisa levar um vestígio até a nossa unidade mais próxima, no caso daqui é União da Vitória. Então vamos ganhar agilidade e proximidade entre as equipes. Pois, o perito local acaba criando um vínculo maior com a equipe de investigação e essa troca de informações acaba beneficiando a averiguação como um todo”, destaca o perito.
POSTO AVANÇADO
Para agilizar os atendimentos da Polícia Científica na região, até que a construção da unidade esteja concluída, Irati contará com um posto avançado que ofertará, inicialmente, o serviço de remoção de cadáveres e vestígios, além de um local de apoio para perícias criminais. O Município de Irati fará a cessão de um imóvel para a instalação desse ponto avançado que deve ocorrer em breve.
“As conversas já iniciaram há algum tempo com a Prefeitura de Irati e esse projeto faz parte do nosso plano de capilarização dos serviços. Queremos diminuir nosso tempo médio de atendimento aos municípios, então a proposta que fizemos foi iniciar um posto avançado que contaria, inicialmente, apenas com a viatura para remoção de cadáveres e isso, por si só, já agilizaria parte dos serviços oferecidos. O posto continuará ligado com a nossa Unidade de União da Vitória”, observa o perito e chefe da Divisão Operacional da Polícia Científica.
“Esse posto avançado será provisório até a instalação da unidade completa em Irati. Estamos providenciando um imóvel para esse atendimento que deve começar num curto prazo de tempo. O posto vai atender a demanda mais urgente, porque quando uma pessoa sofre um acidente ou há um crime, por exemplo, não se pode mexer no local enquanto o perito não estiver presente para realizar a liberação. Então, esse posto garantirá uma resposta mais rápida, permitindo que os peritos cheguem ao local com maior agilidade para realizar a análise necessária”, conclui Derbli.