Publicado em: 18/07/2013 00:00
O município de Irati foi o quarto do Brasil a se cadastrar para o programa Mais Médicos para o Brasil, lançado no dia 8 de julho em Brasília pela presidente da república, Dilma Rousseff, e o ministro da saúde, Alexandre Padilha. O secretário municipal de saúde de Irati, Leandro Ditzel, esteve em Brasília na ocasião. Fui o quarto secretário do Brasil a realizar o cadastro. Estamos otimistas e esperamos que em breve tenhamos profissionais cadastrados para virem a Irati, conta Leandro.
O programa ofertará bolsa federal de R$ 10 mil a médicos que atuarão na atenção básica da rede pública de saúde, sob a supervisão de instituições públicas de ensino. Sabemos que um médico faz diferença ao lado da população. Os municípios não podem ficar esperando seis, sete ou oito anos para que possamos levar médicos para a população brasileira. A única ideologia que devemos ter é salvar vidas e proteger pessoas, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
FALTA DE M??DICOS
De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos oito anos o número de postos de emprego formal criados para médicos ultrapassa em 54 mil o de graduados em Medicina no país. De 2003 a 2011, surgiram 147 mil postos de primeiro emprego neste mercado de trabalho contra 93 mil profissionais formados, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além disso, até 2015, o Ministério da Saúde abrirá mais 35.073 postos de trabalho para médicos só com a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Segundo o ministério, acontecem dois problemas básicos que geram o déficit de médicos no país: o número insuficiente de médicos e a má distribuição desses médicos no território nacional. O Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes, índice menor que o da Argentina (3,2), do Uruguai (3,7), do Reino Unido (2,7), de Portugal (3,9) e Espanha (4). Além da falta de profissionais, o país sofre com uma distribuição desigual: 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional e cinco deles com menos de 1 médico por mil habitantes Acre (0,94), Amapá (0,76), Maranhão (0,58), Pará (0,77) e Piauí (0,92). Mesmo em estados com maior relação de médicos por habitantes, como é o caso de São Paulo (2,49), conta com uma relação muito menor em alguns municípios, por exemplo Registro (0,75), Araçatuba (1,33) e Franca (1,43).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) não possui um parâmetro específico sobre o número de médicos recomendados por mil habitantes. O Governo Federal utiliza como referência a proporção encontrada no Reino Unido (2,7 médicos por mil habitantes) que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter universal orientado pela atenção básica.
Assessoria de Comunicação e Imprensa
Texto: Carolina Filipaki / Ministério da Saúde