Publicado em: 21/12/2013 00:00
Os secretários de Saúde, Anderson Sprada e de Agricultura Claudio Ramos, estiveram no início do mês participando do V Seminário das Redesfito, realizado no Rio de Janeiro. O encontro reuniu instituições de todo o Brasil: órgãos públicos, instituições acadêmicas, empresas privadas, associações de agricultores, ativistas sociais e ambientais. A reunião teve como objetivo definir as bases para a integração entre áreas estratégicas para inovação em medicamentos da biodiversidade brasileira, visando o desenvolvimento sustentável.
Ramos explica que a participação no Seminário contribuiu para o desenvolvimento do projeto do Farmácia Viva em Irati. O programa foi criado pelo Ministério da Saúde através da portaria nº 886, de 20 de abril de 2010. A Farmácia Viva, no contexto da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, deverá realizar todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a dispensação de preparações magistrais e oficinas de plantas medicinais e fitoterápicos.
O projeto vem de encontro com a Política Nacional na qual incentiva-se através de recursos financeiros e acompanhamento técnico (Fiocruz Redefito) a implantação de Práticas Integrativas Complementares (PIC). Como por exemplo, o uso de medicamentos fitoterápicos, a base de plantas e utilizados para tratamento na Rede Pública de Saúde, bem como, o emprego de plantas medicinais in natura, explica o secretário de Saúde.
Para Sprada, esta proposta vem de encontro com as práticas culturais relacionadas ao uso de plantas medicinais pela sociedade, presentes não apenas em nossa região, mas no país como um todo, e a partir de agora regulamentado. Nós temos 12 medicamentos fitoterápicos que são credenciados pelo Ministério da Saúde, completa.
De acordo com a farmacêutica Emanueli Pinheiro, o Município disponibiliza três medicamentos que são utilizados para o tratamento de diversas enfermidades. A Farmácia Central oferece guaco, espinheira santa e isoflavona (presente na soja).
O secretário de Agricultura conta que o projeto em desenvolvimento atende a necessidades do programa de governo do prefeito Odilon Burgath. Por meio da Secretaria foi elaborada a parte técnica, em seguida, foram buscadas parcerias. O primeiro intercâmbio foi junto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o projeto ainda tem os parceiros locais como Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Instituto Federal do Paraná (IFPR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Colégio Florestal, Instituto Equipe, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), e as Secretarias de Saúde, de Educação e de Bem Estar Social.
O nosso objetivo principal é colocar este projeto atendendo uma necessidade numa área carente como a Saúde, na qual é possível captar recursos para o programa. Mas através da parceria com a Fiocruz há também a possibilidade de buscar recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além dos benefícios na Saúde, este projeto vai beneficiar a agricultura familiar, os produtores agroecológicos, gerando mais uma alternativa de renda, observa Ramos.
Conforme o secretário, foi através da Fiocruz que o Município foi convidado a participar do Seminário. Ramos e Sprada inclusive fizeram explanações no segundo dia de reuniões, que abordou as diversas experiências em desenvolvimento nas Redesfito, o que propiciou a compreensão das oportunidades e fragilidades percebidas pelos parceiros da rede.
Ascom Prefeitura de Irati